Que tal dar um vibrador de presente nesse Dia das Mães?

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Afinal, não é coisa de outro mundo se até a Angélica deu um vibrador para a mãe dela ano passado, por que você não faria o mesmo?

Tá certo que nas inúmeras entrevistas que a apresentadora concedeu depois de acender uma grande polêmica sobre o feito, ela confessou que foi a mãe dela, que já está com mais de 70 anos quem pediu o presente…

Mas isso nos faz pensar o quanto a mãe dela confia na filha para fazer essa solicitação, não é verdade? O que pode ser quase uma exceção na maioria dos lares brasileiros hoje em dia.

O fato é que mulheres acima de 50 anos hoje, a faixa etária da maioria das mães de adultos no Brasil, não tiveram acesso às informações que temos hoje sobre sexualidade, e mesmo as que tiveram, não conseguiram alinhar sua vida íntima com elas de fato.

Até porque a educação sexual formal ainda é um grande tabu em todo o mundo ainda hoje e mesmo em países ditos mais desenvolvidos. O que fez com que as pesquisas científicas em torno do misterioso “orgasmo feminino” nas duas últimas décadas chegassem à incrível conclusão de que há um gap ou lacuna entre os orgasmos feminino e masculino.

Nada de novo e não tão científico assim, já que, quem nunca, mesmo as novinhas, demoraram mais tempo do que seus parceiros a chegarem lá? (Claro, vamos tirar fora aqui desse contexto aqueles mais apressadinhos, os ejaculadores precoces).

Talvez a ciência ainda não tenha dado conta desse recado, porque a questão em torno do orgasmo feminino revela muitas outras facetas psicossociais que vão muito além da performance sexual em si. É o que a pesquisadora e jornalista de saúde pública, Katherine Rowland mostra em seu livro lançado em 2020, The Pleasure Gap: American Women and the Unfinished Sexual Revolution.

Com base em entrevistas com mais de 120 mulheres e dezenas de profissionais de saúde sexual, Rowland analisa fatores como a educação, o preconceito na investigação científica, as mensagens sociais, a monogamia de longo prazo e a violência sexual e de gênero contribuem para o mal-estar sexual das mulheres. 

Em sua obra que alcançou grande sucesso e hoje é muito estudada por sexólogos e terapeutas sexuais em todo o mundo, a autora ainda não encontrou uma solução mágica para equalizar a lacuna do prazer, mas a sua ampla incursão na sexualidade das mulheres deixa muito claro que a epidemia de insatisfação sexual tem a ver com mais do que alguns orgasmos perdidos. 

É sobre a interação complexa entre cultura, biologia, capitalismo, história e as nossas ideias mutáveis ​​sobre o que é certo, bom e natural. É sintomático de uma revolução inacabada – e ninguém deveria contentar-se com isso.

 

E onde um vibrador pode ajudar a sua mãe nisso tudo?

Um vibrador, é a chave da porta do autoconhecimento, não tenha dúvidas disso. Desde a ideia de se ter um, a usar de fato um vibrador, qualquer pessoa, seja mulher ou não, mãe ou não, irá refletir sobre seus desejos, seus limites, suas fantasias e se será capaz de lidar com as novas sensações e como será esse processo.

O grande impasse aqui é sobre um filho ou filha já adultos darem essa “Chave” para sua mãe. Muitos deles crescidos em lares muito reprimidos, podem até pensar que isso é uma falta de respeito ou receiam despertar interpretações erradas em torno da iniciativa da escolha do presente, como medo de serem julgados como incestuosos, por indiretamente estar sugerindo algo para a intimidade de sua mãe.

Nesses casos, realmente eu sugiro como Educadora Sexual, que se haja com cautela. Se os filhos já estão na faixa dos 40 anos e a mãe deles está na faixa dos 60, 70 anos e nunca conversaram sobre sexualidade, não será agora o momento mais apropriado para começar.

Mas se mesmo assim, você acreditar que pode um dia avançar nessa missão, meu conselho é que você presenteie sua mãe com um vibrador em outras ocasiões, como o aniversário dela, no Dia Internacional da Mulher ou nas bodas de casamento. 

E que ambiente esse presente com uma conversa prévia, seja levando-a a um evento feminino ou assistindo ou lendo algo junto com ela sobre o tema em blogs de bem-estar sexual como o Blog Apimentou, por exemplo. Porque aqui, há inúmeras matérias que falam sobre saúde íntima, menopausa, relacionamentos que indiretamente falam sobre sexualidade e vibradores inseridos nesse contexto.

Você pode compartilhar essas informações antes de considerar presenteá-la com um vibrador e sentir as reações e opiniões dela ao ser exposta a esses temas, abrindo o diálogo para que ela possa se sentir à vontade para demonstrar ou não interesse por mais conhecimento e mudanças em sua vida íntima.

Caso ela se sinta desconfortável, considere que valeu a tentativa, mas a respeite, porque tudo tem o seu tempo e não insista mais nesse assunto. Mas caso ela queira saber mais ou se mostre mais aberta, você pode até perguntar a ela se gostaria de ter um vibrador. E então, mostre as diversas opções disponíveis no mercado e, novamente, sinta e observe as reações dela ao vê-los. 

Hoje, graças à internet, é possível conhecer os diferentes modelos de vibradores e sua usabilidade em completo sigilo, sem que ninguém precise saber o quê você ou sua mãe  estejam pesquisando.

Como escolher um vibrador para presentear a mãe

Agora, pode ser que você, assim como a Angélica, seja surpreendido ou surpreendida pelo real interesse de sua mãe em ganhar um vibrador. E até aí, tá tudo bem, reaja com naturalidade e encare esse desejo como fruto de uma constelação mágica de vida que habita no corpo que te deu a luz, ou que tenha cuidado de você como se tivesse te gerado dentro da própria barriga.

Nada mais justo e lindo que esse mesmo corpo maternal anseie por novas emoções e aí a minha opinião é que você se sinta privilegiado ou privilegiada por ser digno ou digna de tanta confiança. É praticamente uma honra receber uma solicitação dessas!

O ideal é que sua mãe escolha qual modelo de vibrador mais lhe agrade, mas caso você tenha experiência em usar vibradores, não custa dar uma ajudinha. Por experiência e estudo, selecionei alguns modelos aqui como ponto de partida, para inspirar a sua escolha ou a escolha pessoal da sua mãe, considerando a faixa etária e nível de autoconhecimento corporal. Veja abaixo:

 

Mães acima de 70 anos

Em geral, mães com mais de 70 anos podem preferir modelos de vibrador com várias velocidades que sejam mais parecidos com massageador pessoal e que caibam na palma da mão com um controle interno acionado no próprio aparelho.

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Vibrador recarregável do tipo cápsula, feito de silicone tem toque super macio e um cordão flexível para segurar pelo punho durante a manipulação. As 12 velocidades são controladas com os botões no corpo do aparelho.

Dessa maneira, elas poderão estimular vários pontos pelo corpo, descobrindo onde gostam mais de sentir essas novas sensações, testando quais níveis de vibração que as agradam mais.

 

Mães acima de 50 anos

A geração baby boomer já cresceu durante a liberação sexual e muitas até já conhecem a varinha mágica, pois foi o primeiro vibrador da era moderna a fazer mais sucesso. Criado a princípio para ser um massageador para alívio de estresse, esse modelo de vibrador ganhou fama depois de ser usado pela educadora sexual Betty Dodson em suas oficinas de orgasmo na década de 70.

Depois de um longo tempo esquecida e superada por modelos mais modernos, a varinha mágica voltou com força total ao mercado e hoje há muitas variações e tamanhos disponíveis.

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Varinha de massagem com cabeça arredondada com um pescoço flexível que fornecerá alguns movimentos incríveis de amassar e massagear durante o uso. Recarregável por USB.

Apesar de não serem ideais para penetração, as varinhas mágicas são ótimas para estimular todo o corpo, despertando as zonas erógenas e são favoritas para um estímulo mais potente do clitoris.

 

Mães acima de 40 anos

Muitas mães de 40 anos tiveram seus filhos ainda na adolescência, e portanto começaram sua vida sexual de forma precoce. Isso não quer dizer que ainda tem muito chão ainda a descobrir dentro da sua própria sexualidade. 

Mais libertas dos tabus, elas ainda podem ter dependência emocional em relação a um parceiro, condicionando-as às vezes, também em relação a autonomia do seu próprio prazer.

Para essas mães, nada melhor do que um vibrador para prazer solo como um rabbit que tem dupla estimulação e fará com que ela se empodere de seu próprio corpo. 

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Vibrador de dupla estimulação rabbit de alta tecnologia. Além do poderoso estimulador de clitóris nas orelhas do coelho, sua haste realista tem controles de várias velocidades e 4 modos de rotação que ainda se impulsiona poderosamente para cima e para baixo, proporcionando uma experiência de penetração inigualável. 

 

Mães de 20 e 30 anos

Pode acontecer dos parceiros e até mesmo parcerias queiram presentear as mães de seus filhos com um vibrador, e por que não, tem coisa mais linda do que isso? Irmãs e amigas de mulheres que são mães também muitas vezes optam em presenteá-las no Dia das Mães com um vibrador no intuito de lembrá-las que, além de mães, elas continuam sendo mulheres, e portanto, dignas de ainda terem seus momentos de prazer.

Foi o que Khloé Kardashian fez no Dia das Mães ao presentear a sua irmã Kim, em 2018, com uma caixa repleta de doces em formatos de pênis e um vibrador. Em 2020, ela repetiu o feito, mas dessa vez foi com a mãe, Kris Jenner. (Olhaí pode ser uma dica começar pela irmã primeiro e no ano que vem presentear a mãe, hein? Esperta essa garota!)

O fato é que mulheres nessas faixas etárias já podem saber o que querem e serem mais exigentes, visto que nasceram e cresceram numa época em que os vibradores se popularizaram e se tornaram verdadeiros objetos de desejo.

Posso dizer por mim, que dei vários golfinhos de presente para minhas amigas e para minha irmã. Simples, ele pode ser um mimo interessante para quem nunca teve um vibrador. 

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Vibrador Ponto G em formato de golfinho em ABS, super resistente, ponta levemente curvada, possui toque suave e aveludado. É pequeno e discreto para ser levado na bolsa.

Mas se sua amiga, irmã ou mãe de seus filhos já usam vibradores, a aposta certa para surpreender neste Dia das Mães é dar um vibrador de luxo ou de última geração.

 

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Go Vibe Eva Connect é um vibrador com várias velocidades controlado por aplicativo que permite que você interaja com amigos, troquem fotos, chat de conversa, desde que tenham o mesmo vibrador e aplicativo.

 

No mais, eu espero que todos tenham um ótimo Dia das Mães! Com ou sem presente, com ou sem vibrador, o que vale é a presença e o carinho de estar juntinhos nessa data compartilhando do afeto maternal que é tão importante para todos nós.

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Julianna Santos

Relações Públicas, atuante em assessoria de imprensa e gestão de conteúdo para internet. Pós graduada em Educação Sexual pelo ISEXP – Instituto Brasileiro de Sexualidade e Medicina Psicossomática da Faculdade de Medicina do ABC, atendeu a várias empresas e profissionais do ramo erótico de 2002 até atualidade, estando inclusive a frente da sala de imprensa da Erótika Fair de 2002 a 2010. Atualmente é criadora e editora do Portal Mercadoerotico.org

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