Tópico: Beijo Grego
Carícia sexual, preliminares, safadeza… Muito se tem falado nestes últimos dias nas redes sociais sobre o tal do beijo grego, cunete ou anilíngua, termo dicionarizado para o beijo no ânus.
Uma breve busca por meio de ferramentas de pesquisa na internet indicou um aumento repentino de interesse dos internautas pelo termo beijo grego e assuntos relacionados a um affair homoafetivo entre dois personagens de uma série televisiva.
Mas muito se engana quem pensa que o beijo grego só acontece entre homossexuais do sexo masculino, tendo em vista que o assunto é envolto em tabu e preconceito na sociedade.
O ânus é uma região tão erógena como outras partes do corpo, e tanto homens quanto mulheres são propensos a sentir prazer com estimulação anal.
Quer saber mais? Seguem algumas curiosidades e dicas para quem ousa alçar voos mais altos no sexo.
O que é beijo grego?
Se alguém pensou que beijo grego é dar um selinho em um habitante da Grécia ou viajar para aquele país para beijar o amor da sua vida, errou.
O beijo grego é uma variedade de técnicas para estimular, beijar/lamber a região anal de outra pessoa com o intuito de gerar mais prazer no momento do sexo, pois aumenta a excitação, diversificando as preliminares e apimentando ainda mais a relação.
Pode-se dizer que beijo grego é o sexo oral na região anal.
O períneo, a região entre o ânus e a genitália, que dá sustentação a todos os órgãos pélvicos (bexiga, útero, reto, intestino), é irrigado por diversas artérias e possui muitas terminações nervosas, por isso, tão sensível a qualquer estímulo.
O beijo grego veio mesmo da Grécia?
Por conta do tabu enraizado na cultura ocidental, quando o assunto é sexo, muita gente fica no limbo, por vergonha de falar sobre o assunto, e quando falam, acabam tendendo para a piada, embora haja uma maior abertura para o acesso a informação, atuamente neste sentido. Porém com restrições a variedades ditas polêmicas.
Você já deve ter se perguntado porque nomear variações sexuais com nomes de países (espanhola, beijo grego, candelabro holandês).
Historicamente, o sexo anal e visto como pratica de dominação, com o intuito de subjugar o outro. E nomear o sexo anal de grego, provavelmente remeta a dominação.
Devido a diversos registros históricos já perpetuados sobre as inumeráveis orgias ocorridas no berço da civilização ocidental, tudo indica que essa técnica realmente tenha se originado naquela região, nada impedindo que países próximos tenham adotado e espalhado a prática do beijo grego.
No entanto, naquela época o foco era o prazer homessexual, principalmente entre os guerreiros, que ficavam por muito tempo longe de casa e precisavam se aliviar de alguma forma, pois a mulher era considerada apenas como procriadora.
Experts da área sugerem que o termo tenha surgido no século XIX, quando vários bordéis de alto nível se espalharam pela Europa para servir a classe média alta, ávida pelo consumo, que passava suas férias nesses lugares e queria desfrutar de tudo o que a princípio era apenas privilégio da nobreza.
Então para que as variações sexuais tivessem o mesmo glamour de suas outras atividades sofisticadas, receberam nomes refinados para se diferenciar do populacho.
As melhores posições - com jeito vai
No começo, pode parecer um pouco estranho, por ser uma situação nova, mas se ambos querem e sentem que há entrosamento, com o devido respeito de limites, pode ser o melhor momento para se deixar levar.
Quem pretende iniciar a prática recebendo o beijo grego pode deitar-se de bruços ou em quatro apoios, enquanto quem vai fazer se posiciona atrás para acariciar a região.
Outra posição que pode ser confortável e prazerosa é no famoso meia-nove, quando ambos podem dar e receber simultaneamente, mas isso pode requerer maior flexibilidade dos praticantes.
Há também a possibilidade de a pessoa que vai receber o beijo grego ficar em pé, com o tronco inclinado para frente, enquanto o outro fica atrás, ajoelhado no chão.
O beijo grego também pode ser considerado uma preparação para o sexo anal, já que a região fica bem lubrificada e relaxada devido as massagens e estímulos recebidos.
Mas o fato de ser um facilitador, não quer dizer que haja uma permissão tácita. Por isso o prévio diálogo é tão importante.
Acessórios específicos prometem te levar pra lua
Produtos eróticos são sempre bem-vindos para melhorar a performance no momento da intimidade e para o beijo grego não seria diferente.
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Os benefícios/riscos da prática
Além de ter o poder de proporcionar um orgasmo mais intenso e duradouro, o beijo grego quebra barreiras e preconceitos para para o casal se entregar ao momento de excitação máxima, ajudando ambos a se conhecer verdadeiramente, estreitando ainda mais o laço afetivo. Uma entrega completa entre os dois.
Mas há quem torça o nariz para a prática, por se tratar da localização do lugar.
Bem, de fato, se o local não for bem lavado as chances de encontrar “alguma coisa” aumentam e ninguém quer passar por isso, correndo o risco de estragar o momento.
Além disso, a região pode ser objeto de transmissão de doenças, se não houver uma correta higienização. Ou seja, se for investir no beijo grego, ambos precisam estar bem cientes de quão higienizada deve estar a região.
Antes da prática, é indispensável dar uma caprichada no banho e lavar cuidadosamente a área para garantir um momento íntimo seguro para ambas as partes.
Antes de sair beijando por aí, é preciso que se tenha em mente que muitos problemas de saúde podem decorrer da prática do beijo grego, se não houver os devidos cuidados.
Vírus, bactérias e parasitas ligados ao ânus ou ao reto podem levar a doenças como hepatite, herpes, gonorreia, dentre outras sexualmente transmissíveis.
É importante lembrar que ferimentos na boca também impedem a prática.
Alguns, por mero puritanismo ou por medo, podem pensar que é perversão ou fetichismo, pelo simples fato de não se permitirem conhecer o próprio corpo.
Por outro lado, há aqueles(as) ousam ir além do rotineiro, que estão sempre abertos(as) a novas experiências para tornar a relação íntima mais excitante e repleta de estímulos eróticos, que superam a timidez e a vergonha, conversando, dialogando antes mesmo de praticar.
Sim, o diálogo é imprescindível para quem quer experimentar não apenas o beijo grego, mas quaisquer outras modalidades diferentes no sexo.
Somos seres sociáveis, precisamos de conexão com outros humanos, e antes de qualquer contato físico que possamos desejar, precisamos nos expressar, manifestar o que queremos e o que não estamos dispostos a tolerar quando o assunto é sexo.
Mas afinal, o beijo grego é bom, mesmo? Só há uma maneira de saber, experimentando!
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