Tópico: Dominar de forma segura
Quando as pessoas pensam em práticas de BDSM, há duas coisas que me vem à mente. Uma é a conhecida e bem sucedida saga cinematográfica de “50 Tons de ciza” e a outra é a dor.
Mas com certeza mais de um de nós ficamos com aquela curiosidade gostosa… Então vamos aprender um pouco sobre essa prática?
A história de “50 tons de cinza” narra a relação entre uma universitária recém graduada em literatura, Anastasia Steele, e um jovem bem sucedido dos negócios, Christian Grey.
O romance se destaca por suas cenas explicitamente eróticas, com elementos das práticas sexuais que envolvem o “BDSM”.
Há muitos tabus e preconceitos em torno deste tipo de exercício sexual.
Há uma crença comum de que isso envolve a humilhação da outra pessoa através de dor intensa. Um cenário que só pessoas muito específicas e bizarras podem desfrutar.
Tudo isso é explicado em diferentes páginas da web, como podem ocorrer em site de adultos, onde os especialistas vão fazer você saber todos os detalhes.
Mas nada poderia estar mais longe da verdade. O BDSM não é realmente assim.
Você pode descobrir assim que começar a ler sobre o assunto ou mesmo praticá-lo.
Em seguida, te explicaremos em que consiste esta prática, estabelecendo uma definição e dando conselhos sobre como começar a praticá-la.
O que significa BDSM?
“BDSM” foi um termo criado em 1990 para se referir a um grupo de práticas e fantasias eróticas. Porém, esse prática já existia mesmo que não com o mesmo nome ou siglas.
A sigla também define várias práticas além do fetichismo e do “couro” a qual a sociedade está acostumada, cujas siglas significam: Bondage; Disciplina e Dominação; Submissão e Sadismo; e Masoquismo.
Abrange, portanto, uma série de práticas e passatempos relacionados entre si e ligados ao que se denomina sexualidade não convencional ou alternativas.
Por vezes, no vocabulário quotidiano, utilizam-se as expressões «sado» ou «sadomasoquismo» para se referir ao “BDSM”, embora estes dois termos sejam equívocos, já que as práticas abrangidas pelo “BDSM” incluem mais variantes e suportam um grande número de manifestações diferentes.
É importante lembrar que, como prática erótica, o “BDSM” implica sempre o consenso dos participantes e distingue-se totalmente do sadismo criminoso.
Se não houver consenso de ambas as partes, a prática não deve ser aplicada.
Bondage
É um termo inglês referente a certos vínculos que se estabelecem em certas relações de subordinação.
O termo bondage se concentra no prazer graças à imobilização total ou parcial e à amarração do parceiro ou de si mesmo.
Isto é feito com algemas, cordas, gravatas, mordaças ou mesmo fitas adesivas especiais. Há verdadeiros especialistas que a consideram uma arte, mais conhecida como Shibari.
Algumas atividades vão muito mais além das algemas… Os mais atrevidos usam tortura, queimaduras, etc.
Além disso, que casal não se amarrou, não se vendou ou mesmo quem nunca imaginou que faria com uma algema (já sabe!), não fantasiou fazer isso durante os jogos sexuais para sair da rotina e tentar algo diferente? Isto poderia ser entendido como parte ou o início da Bondage.
As práticas eróticas relacionadas ao bondage, então, são propriamente as que estabelecem papéis de poder assimétricos, como mestre-escravo, chefe-empregado, professor-aluno, Polícia-detido, etc.
Na prática também se relaciona esta expressão com as ataduras e restrições com fins eróticos.
Disciplina
É um termo que faz referência a práticas eróticas relacionadas com regras, castigos, adestramento, protocolos de comportamento, posturas segundo as circunstâncias, etc.
Dominação
Às práticas eróticas nas quais uma pessoa adota um papel dominante para atuar de acordo com sua vontade e seu desejo sobre outras ou outras pessoas que adotam um papel submisso.
A pessoa no papel dominante manda e dispõe.
Trata-se sempre de uma dominação sujeita ao consenso e os limites estabelecidos pela pessoa que aceita ser dominada.
O “BDSM” rejeita toda prática de dominação, por mínima que seja, que não conte com o consenso da pessoa dominada.
Submissão
Às práticas eróticas nas quais uma pessoa adota um papel submisso no qual fica sob a vontade de outra ou outras pessoas que adotam um papel dominante.
É a situação complementar da dominação, por isso costuma falar-se de relações “D/S”. A pessoa no papel submisso obedece ou deixa que se atue sobre seu corpo.
Trata-se sempre de uma situação de submissão voluntária, dentro dos limites estabelecidos pela pessoa que adota o papel submisso.
Sadismo
Neste contexto referi-se a práticas eróticas em que uma pessoa obtém prazer causando dor, humilhação ou desconforto a outra pessoa que aceita essa situação.
Trata-se sempre de práticas voluntárias que não podem ir além dos limites estabelecidos pela pessoa que recebe a dor, a humilhação ou o desconforto, e que podem parar a qualquer momento.
A pessoa que assume o papel sádico, cuida sempre da situação da pessoa que recebe a dor, a humilhação ou o desconforto, a fim de evitar qualquer dano.
É uma prática erótica convencional e alternativa que não tem nenhuma semelhança com o sadismo criminoso.
Masoquismo
É um termo usado neste contexto para referir-se a práticas eróticas em que uma pessoa obtém prazer experimentando dor, humilhação ou desconforto, geralmente nas mãos de outra pessoa que aceita essa situação.
Trata-se sempre de práticas voluntárias que não podem ir além dos limites estabelecidos pela pessoa que recebe a dor, a humilhação ou o desconforto, e que podem ser travadas a qualquer momento.
Dicas para começar a praticá-lo...
Se você quiser experimentar este tipo de fantasia, você precisa ser muito claro sobre várias coisas antes:
1. Informações. Há muitos tutoriais em vídeo, fóruns, notícias, clubes, blogs, eventos, professionais do sexo, etc, onde você pode encontrar informações sobre este mundo e todas as suas práticas.
Há uma grande variedade de práticas diferentes, assim como intensidades e níveis desfrutados por milhares de pessoas em todo o mundo.
Mas nem todos são iguais e nem todos gostam deles. Portanto, quanto mais informações você tiver, melhor poderá fazer o que mais gosta, e mais satisfeito ficará durante o mesmo.
2. Seguro, Sadio e Consensual (SSC). Seguro, sadio e consensual são as três chaves para o BDSM.
Portanto, é muito importante comunicar-se entre si e deixar os limites claros. Assim como uma palavra chave de segurança que serve para interromper a ação a qualquer momento que se queira.
Tudo, antes de começar com a fantasia, para que todos os envolvidos possam desfrutar plenamente da experiência.
3. Confiança e desejo. Você precisa ter confiança em si mesmo e em seu par para iniciar. Se você não o fizer, é muito difícil poder desfrutá-los e deixar-se levar.
É por isso que você pode entrar em contato com um especialista nas primeiras vezes ou mesmo ir ver algumas acompanhantes com experiência nesses serviços.
Desta forma, eles podem servir como um guia e conselho para fazer isso por conta própria mais tarde.
4. Esqueça os preconceitos, a vergonha e os estereótipos. Cada pessoa vive o prazer e a sexualidade à sua maneira e não há nada de errado com o BDSM.
Além disso, o dominante nem sempre tem que ser o homem ou a figura masculina, há cada vez mais mistress ou domininas.
Mulheres que têm prazer em ter um papel dominante na frente de outras pessoas. Não precisa haver necessariamente beijos, carícias ou penetração enquanto se pratica o BDSM.
Há muita liberdade de acordo com os gostos de cada pessoa.
5. Brinquedos e acessórios. Há uma muitos, como cintas-ligas e chokers, lingeries, coleiras, acessórios, fetiche para os pés os quais podem ser adquiridos online ou em sex shops para tornar esta experiência completa. Dependendo da experiência BDSM que você deseja.
É possível, que você não precise de nenhum, caso não queira. Mas você também pode escolher entre uma grande variedade de chicotes, algemas, máscaras, fantasias… Para os mais e menos ousados.
Estas são apenas algumas das dicas mais importantes a ter em mente ao considerar experimentar o BDSM.
Há uma infinidade de razões e motivos para começar, e todos são igualmente válidos.
Você pode tentar uma vez e nunca mais fazê-lo porque você não gostou da prática ou porque prefere manter outro tipo de relação sexual, mas pelo menos prove… e depois decida!
Os gostos sexuais não são estáticos.
À medida que você cresce, dependendo de suas vivências, ambiente e experiências, elas evoluem e podem mudar.
Portanto, algo que você desfruta aos 18 anos pode não ser tão satisfatório aos 30 e vice versa.
Portanto, qualquer que seja a sua idade, é importante conhecer-se bem e manter uma mente aberta a novas opções e possibilidades.
Desse modo, poderão descobrir muitas aventuras e vivências que lhe farão sentir-se mais vivo.
No mesmo sentido, aprende-se a gerir as diferentes emoções e desejos que se têm ao longo da vida.
Tentar coisas novas e ter experiências, pode suscitar sensações que jamais se imaginaria possíveis e que, ao contrário, se tornam realidade pelo simples fato de se atrever e dar o passo.
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