Qual a diferença entre orgasmo vaginal e clitoriano?

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orgasmo vaginal e clitoriano
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Tópico: orgasmo vaginal e clitoriano

Quando se trata de sexualidade feminina, muito se aborda sobre o orgasmo clitoriano e o vaginal, como duas entidades distintas, e não como dois lados da mesma moeda. 

Mas qual a diferença entre orgasmo vaginal e clitoriano? 

Será que existe um melhor que o outro? 

Saiba tudo no post de hoje.

Prazer sexual feminino: como funciona?

A resposta sexual masculina e feminina têm algumas diferenças significativas. 

Por exemplo: a curva de excitação nas mulheres aumenta lentamente (ao contrário dos homens) resultando na necessidade de preliminares mais longas e intensas para se atingir o orgasmo.

A ativação do reflexo orgástico, que pode advir tanto por causas físicas quanto psicológicas, ocorre quando os estímulos que atingem os centros cerebrais ultrapassam um “valor limiar” geneticamente predefinido em intensidade em cada ser humano. 

Do ponto de vista psicológico, um estado de relaxamento, e envolvimento sentimental facilitam o reflexo orgástico. Já situações estressantes dificultam a obtenção do prazer.

Além disso, devido a subjetividade que caracteriza a esfera sexual, as experiências determinadas pela estimulação podem variar de pessoa para pessoa, e até mesmo na própria mulher ao longo do tempo.

Orgasmo: os benefícios para a saúde

Vários estudos científicos têm mostrado que o orgasmo é bom para a saúde. 

Durante as fases de excitação e gozo, são liberados os hormônios ocitocina e DEHA (dehidroepiandrosterona), que exercem uma ação protetora contra câncer, endometriose, dores menstruais, dores, enxaquecas e estresse psicofísico.

Além disso, as endorfinas liberadas potencializam as defesas naturais, protegem o organismo de patógenos, reduzem a ansiedade e a depressão, geram um estado de bem-estar e promovem o relaxamento e um ritmo normal de sono-vigília, gerando efeitos benéficos em casos de insônia.

A respiração acentuada e a aceleração dos batimentos cardíacos que ocorrem com o orgasmo facilitam a oxigenação adequada do sangue, diminuindo o risco de doenças cardíacas.

Por fim, as contrações musculares que ocorrem nessa fase trabalham a musculatura pélvica com consequente fortalecimento do assoalho pélvico, protegendo a mulher de males como a incontinência.

Orgasmo vaginal e clitoriano: diferentes interpretações

A sexualidade feminina sofreu diferentes interpretações de acordo com o momento histórico. 

Segundo as teorias de Freud, por exemplo, uma mulher era considerada normal apenas se conseguisse atingir o orgasmo durante a relação sexual com penetração. 

O orgasmo alcançado através da estimulação do clitóris foi considerado uma manifestação de imaturidade e problemas não resolvidos.

Porém, a partir da década de 1960, graças ao trabalho dos pesquisadores Masters e Johnson, novas descobertas científicas sobre a sexualidade permitiram enfatizar a importância do clitóris, e concluíram que existe apenas um tipo de orgasmo – independentemente de como ele é alcançado.

Uma pesquisa realizada pela sexóloga americana Shere Hite (The Hite Report) inclusive destacou a importância do clitóris para o orgasmo feminino. 

Os dados relataram que apenas 30% das mulheres experimentaram o orgasmo durante a relação sexual com penetração, enquanto os 70% restantes atingiram o pico somente pela estimulação do clitóris.

Qual a diferença entre orgasmo vaginal e clitoriano?

  • Orgasmo vaginal

O orgasmo vaginal é quando a mulher o atinge durante a penetração através da estimulação direta do ponto G, ou seja, a parede frontal da vagina localizada a cerca de 2 cm da entrada do órgão sexual. 

Não é muito frequente, mas envolve um prazer extremamente intenso, de duração variável, caracterizado por uma sensação de pulsação profunda das paredes vaginais. 

Em casos como esses não há necessidade de um período de descanso após o coito. Então pode-se experimentar múltiplos orgasmos durante os quais a tensão sexual nunca diminui.

  • Orgasmo clitoriano

É o tipo de orgasmos mais fácil de ser alcançado pela mulher, pois envolve estimulação direta do clitóris – uma área rica em terminações nervosas na extremidade anterior da vulva. É um local supersensível, graças às 8.000 terminações nervosas que se concentram ali.

Nesse caso, a penetração não é essencialmente necessária para atingir o pico do prazer, basta instigar o clitóris com os dedos ou a língua até que o corpo feminino fique elétrico. 

No momento do orgasmo, a mulher sentirá uma série de contrações que durarão alguns segundos – muito parecidas com as experimentadas durante o orgasmo vaginal.

A diferença basal está no posterior, já que essa área do corpo permanecerá “exaurida” demais para ser, talvez, estimulada outra vez. Logo, a mulher precisará de alguns minutos de descanso. 

É importante saber que não basta encontrar o clitóris e incitá-lo de qualquer maneira. Para chegar lá, é preciso estar compenetrada e atenta à pressão, velocidade e a cada movimento.

Orgasmo vaginal e clitoriano: qual o melhor?

Em cada pessoa, a experiência com orgasmos é diferente. 

Há mulheres que percebam o orgasmo clitoriano como mais forte e avassalador. Há aquelas que preferem o vaginal. E quem não sinta diferença entre ambos.

Não existe problema em preferir um orgasmo ao outro – desde que não se coloque tudo em um nível de comparação.

Continuar acreditando que um orgasmo é melhor que o outro aumenta a obsessão pelo orgasmo vaginal – na crença que é a verdadeira fonte da felicidade – deixando de lado o real órgão do corpo humano usado para o prazer: o clitóris.

Clitóris, vagina, seios, ânus… não importa qual a origem do seu orgasmo, nem a intensidade ou mesmo a existência dele. Orgasmo é orgasmo! 

Cada um é único. 

E por isso é tão importante ter o autoconhecimento para saber quais os caminhos certos percorrer para conquistar o seu prazer.

Dicas para chegar ao orgasmo

O sexo não precisa se limitar a momentos de intimidade com um par. 

Uma mulher pode descobrir o prazer pela masturbação.

Inclusive, explorar o corpo ajuda a se conhecer melhor, reconhecendo o que realmente lhe causa prazer.  

A masturbação é um assunto muito pessoal e cada um deve escolher a forma mais satisfatória de praticá-la. 

No entanto, existem algumas técnicas simples, mas eficazes para te ajudar a gozar. Confira:

  • Procure um local calmo e crie um ambiente sensual, com recursos que estimulem todos os seus sentidos. Pode ser no banho, no quarto ou qualquer outro lugar em que fique o mais relaxada possível
  • Dê a si mesma os estímulos certos. Preste atenção às sensações ao tocar o seu corpo, concentre-se nos movimentos dos dedos, na velocidade e na pressão exercida
  • Mime o seu clitóris!  Esta zona é particularmente sensível e ao estimulá-la sentirá um prazer intenso. Brinque com os pequenos e grandes lábios, acaricie toda a vulva sem pressa
  • Escolha o dedo médio ou o dedo anelar, pois estes não exercem pressão tão forte quanto o dedo indicador, e te ajudarão a obter sensações mais agradáveis
  • Ritmos e movimentos alternados. Mais rápidos, mais lentos, movimentos circulares, aplicando mais ou menos pressão. Perceba o que mais te proporciona tesão
  • Após o primeiro momento de exploração exterior, se desejar, pode introduzir o dedo ou utilizar um sex toy em sua vagina. Se sentir necessidade, aplique um pouco de lubrificante para tornar a penetração mais agradável
  • Atreva-se a experimentar. A masturbação feminina, não se trata apenas de brincar com os dedos. Há também espaço para os brinquedos sexuais. Com os vários sex toys disponíveis no mercado – para se usar e abusar – você irá descobrir que pode muito bem ser a dona dos próprios orgasmos

Mas, lembre-se que: haver penetração vaginal não é pré-requisito para atingir o orgasmo. 

Portanto, não se sinta na obrigação de fazê-lo quando for se divertir sozinha.

Considerações finais

Como vimos, a natureza do orgasmo feminino gerou diferentes escolas de pensamento ao longo dos anos. 

Alguns podem acreditar que o orgasmo vaginal, na realidade, ocorre pela estimulação indireta do clitóris. Outros que mulheres atingem o orgasmo durante a relação sexual sem estimulação do mesmo.

Na realidade, esses dois grupos são considerados como uma expressão da variedade que caracteriza a fisiologia da resposta sexual feminina. 

Portanto, atingir o orgasmo com estimulação do clitóris, mas não durante a penetração, não é uma disfunção, mas uma variante da função sexual.

Então, gostou do post de hoje sobre a diferença entre orgasmo vaginal e clitoriano? Se você tiver alguma dúvida, sugestão ou quiser compartilhar sua experiência deixe nos comentários abaixo. Não se esqueça de compartilhar este texto em suas redes sociais. Até a próxima!

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Marcela Costa

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