Saúde Íntima
Depressão Pós-parto. Quais os Sintomas e Como Lidar…
Bia Braga
Consultora e Expert Apimentou. Heavy User de Produtos Sensuais. Instagram: @apimentou.com.br
A depressão pós-parto é um distúrbio que pode afetar a mulher após o nascimento do bebê, causando sintomas como tristeza, choro excessivo, dificuldades de se relacionar com o recém-nascido, e sentimentos de culpa.
A gravidade do problema varia dependendo da natureza e intensidade dos sintomas.
E, ao contrário do baby blues, a depressão pós-parto pode durar muito tempo, especialmente se não for tratada rapidamente.
Confira no post de hoje tudo sobre a depressão pós-parto, quais os sintomas e como realmente lidar.
É um estado em que a mãe, após o nascimento do bebê, tem uma série de transtornos.
Uma atmosfera de confusão se instaura e a própria mulher desconhece o porquê ou como ocorre.
A depressão costuma se manifestar, em geral, da gestação até 3 semanas após o nascimento do bebê.
O quadro pode ainda progredir para uma situação pior: a psicose pós-parto, no qual há afastamento entre a mãe e o bebê
A psicose pós-parto, é um distúrbio muito mais raro, que causa graves desordens comportamentais na mãe, tais como alucinações, delírios, tendência ao suicídio e até mesmo infanticídio.
É, portanto, certamente uma condição muito grave, que em alguns casos requer ajuda em internações hospitalares.
Para reconhecer os sintomas desta depressão, é possível observar alguns sinais específicos, que devem não apenas estar presentes, mas também comprometer um nível aceitável de bem-estar psicofísico e a execução das atividades habituais.
Veja como reconhecer a depressão pós-parto em 10 sintomas:
A estes, muitas vezes, somam-se a baixa autoestima e sentimentos de vergonha, também ligados a não se sentirem à altura do seu novo papel de mãe.
Os sinais e sintomas iniciais da depressão pós-parto podem ser confundidos com o “baby blues”, também conhecido como “blues puerperal”, que, no entanto, geralmente se resolve sozinho e, em pouco tempo.
A diferença substancial pode ser encontrada na duração dos sintomas.
Aqui estão os 7 principais sintomas do baby blues:
Os sintomas do “baby blues” geralmente aparecem nos dias imediatamente após o nascimento e podem persistir por 1-2 semanas, melhorando gradualmente sem a necessidade de terapias específicas.
Superior a 3 semanas pode indicar um transtorno ou alguma alteração emocional significativa como a depressão pós-parto.
As causas do transtorno ainda não estão totalmente esclarecidas, mas existem fatores que contribuem para o seu aparecimento e dizem respeito ao perfil psicológico, hormonal e relacional.
A depressão pós-parto, como qualquer outra forma de depressão, tem uma manifestação predominantemente psicológica.
As mulheres que sofreram alguma forma de depressão ou outros distúrbios psicológicos no passado, ou que são ansiosas e irritáveis e tendem a se isolar, correm mais risco.
Traumas durante a gravidez, uma gravidez não planejada ou ser a primeira gravidez de uma mulher – são todos fatores de risco possíveis.
Mulheres propensas a uma TPM intensa, podem estar em risco de depressão pós-parto. O abuso de álcool, fumo, café e substâncias nocivas também podem contribuir.
Uma das causas mais reconhecidas pela medicina é a alteração hormonal.
Pois, imediatamente após o parto, há uma queda acentuada de estrogênio e progesterona, os hormônios femininos que atingem níveis muito elevados durante a gravidez.
Mas essa não parece ser a única causa hormonal: ao fim da gravidez há uma alteração da prolactina, principalmente durante a amamentação.
Entre as causas relacionais são identificadas sobretudo na relação de casal.
A chegada de um filho, principalmente o primeiro, é sempre um momento desafiador.
O pai ou a mãe podem lutar para aceitar a paternidade ou a maternidade, especialmente nos casos em que a gravidez não foi algo planejado.
Logo, o equilíbrio entre os pares é abalado, o que pode agravar ou causar sintomas de depressão pós-parto por parte da nova mãe.
O período pós-parto é particularmente desafiador para as novas mães.
Portanto aqui estão algumas dicas para lidar melhor com o puerpério e prevenir os fatores de risco para a depressão pós-parto:
Não é fácil admitir que você se sente mal, nem mesmo para si. Mas a depressão pós-parto não precisa te fazer sentir envergonhada ou culpada, é uma condição que afeta muitas mulheres e precisa ser tratada.
Portanto, é essencial poder falar sobre isso com pessoas próximas e, acima de tudo, contar com a ajuda delas.
Conversar é essencial, especialmente com seu par. Ter um filho afeta ambos os pais e não deve ser uma responsabilidade que recaia totalmente sobre a mãe.
O seu par deve estar pronto para dar apoio e tentar ouvir e compreender os problemas da nova mãe da melhor forma possível.
A mulher pode pensar que o filho quando nasce, a sua atenção e todo seu interesse devem ser voltados para ele. Mas não cuidar de si, faz com que tudo recaia sobre o bebê.
Cuidar de si significa dormir ao máximo, tirar sonecas quando possível, quando o bebê dorme, mas também confiá-lo aos cuidados do pai ou de outra pessoa para conseguir descansar por algumas horas.
Também significa dedicar tempo ao seu próprio bem-estar, tanto quanto possível. Não é necessário sair ou ir ao spa: pequenos truques são suficientes para recuperar a confiança, a autoestima e se sentir bem consigo mesmo.
Seguir uma dieta correta pode fazer muito pelo seu bem-estar físico e psicológico. A dieta certa ajuda não apenas a se sentir melhor, mas também a proporcionar a melhor amamentação ao bebê.
O físico das mulheres após a gravidez muda e deve ser aceito como é, e de fato apreciado ainda mais pelo que se tornou.
A nutrição adequada, portanto, não precisa necessariamente ser uma dieta para voltar a ser magra (por exemplo), mas sim em prol da saúde.
Dessa forma, é preferível evitar excessos em geral, de alimentos gordurosos e salgados, mas também de substâncias nocivas, que aumentam o estresse, tais como o álcool e o café.
O nascimento de um bebê costuma vir acompanhado de muita alegria para a família.
Mas, para algumas mães, como vimos, também pode trazer melancolia após o parto.
O diagnóstico da depressão é feito com base na observação clínica dos sintomas apresentados pela mulher e o tempo em que estão se manifestando.
A depender do caso, o psiquiatra pode prescrever tratamento com terapia hormonal.
Deste modo, o acompanhamento sistemático do psicólogo e do psiquiatra é fundamental, assim como o apoio da família.
A depressão pós-parto não é uma condição que deve ser encarada superficialmente.
É preciso lidar da maneira mais correta possível para evitar que se transforme em psicose pós-parto.
Pesquisas mostram que é uma possibilidade rara, mas ainda é uma variável que deve ser levada em conta para evitar que a nova mãe experimente perturbações ainda maiores.
Então, gostou do post de hoje sobre o que é depressão pós-parto? Se você tiver alguma dúvida, sugestão ou quiser compartilhar sua experiência deixe nos comentários abaixo, afinal, a sua opinião é muito importante para nós.
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