Vida Sexual
Broderagem: Meme ou Dificuldade Para Se Assumir?
Ana Lúcia
Consultora e Expert Apimentou. Heavy User de Produtos Sensuais. Instagram: @apimentou.com.br
O tema de hoje envolve uma série de questões acerca da prática de broderagem.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Quero começar este texto com a definição do Dicionário Informal para broderagem e gostaria que vocês refletissem se isso realmente existe ou se não passa de uma forma de esconder a sexualidade de alguém.
Brotheragem é uma expressão derivada da língua inglesa e aportuguesada (brother = irmãos) utilizada para designar um relacionamento íntimo, geralmente sexual, entre dois (ou mais) homens, uma forma de intimidade homossocial.
Fonte: https://www.dicionarioinformal.com.br/brotheragem/
De modo geral o termo “broderagem” surgiu no meio LGBTQI+ do Brasil como forma de definir sexo sem compromisso entre homens.
O termo até tem parentesco com outro, o “bromance”, palavra formada pela junção de brother (bro) + romance (mance), e é um termo muito usado nos EUA, mas que nunca pegou por aqui.
Porém, ao contrário da broderagem, o bromance indica uma amizade muito próxima de homens e nada tem a ver com sexo.
Há quem interprete o termo broderagem da mesma forma que os gringos interpretam bromance, defendendo até que brotheragem não passa de uma relação de afeto entre homens, sem sexo envolvido.
Mas, no meio LGBTQI+ o termo brotheragem é usado mesmo para indicar que um homem procura ou é adepto do sexo sem compromisso com outros homens.
Em aplicativos de relacionamento como Grindr é comum homens que colocam no perfil que procuram ou curtem broderagem.
Muitos são assumidamente parte da comunidade LGBTQI+, mas muitos são homens casados com mulheres, ou que perante a sociedade se definem como heterossexuais.
Mas, porque será que este homem que se diz heterossexual expressa seus desejos com o mesmo gênero de forma escusa em aplicativos?
O Grindr e os aplicativos de relacionamento de modo geral permitem que pessoas criem versões de si mesmas, com fotos tiradas de ângulos específicos, com descrições de perfil muitas vezes baseadas em idealizações de si mesmos e de quem eles são em suas fantasias.
Ou seja, o aplicativo de relacionamento muitas vezes acaba se tornando uma via performática e um meio para viver fantasias.
Nossa sociedade é majoritariamente machista e homofóbica, mesmo que hoje em dia já exista todo um esforço para mudar essa realidade.
Pessoas são criadas em meio a homofobia estrutural, aquela tão arraigada e normalizada que em muitas vezes quase passa despercebida.
É aquela que valida conversas, opiniões e atitudes cotidianas, é o tio que fala que “isso é coisa de viadinho”, é a mãe que fala pro filho que “homem não chora”, é o pai que acha admirável o filho que “come todas por aí”, mas acusa de afeminado o cara que é romântico ou que demonstra afeto, é a escola que recrimina os meninos de cabelo grande ou os garotos adolescentes de unha pintada.
Nossa sociedade é extremamente presa em padrões de gênero e sexualidade, o que causa dificuldades enormes no desenvolvimento de crianças e adolescentes que podem um dia se tornar adultos reprimidos.
Afinal, quem é criado em um ambiente de repressão e preconceito enfrenta muitas dificuldades na vida adulta para se conhecer como indivíduo e ser autêntico com si mesmo.
Já passou da hora de normalizarmos o homem afetuoso e condenarmos o homem agressivo.
Porque será que atribuímos agressividade ou violência como características masculinas, mas o homem que demonstra afeto ou sensibilidade tem seu valor e sua sexualidade questionados ou diminuídos?
A cultura da masculinidade tóxica vem de ambos os gêneros e cabe a todos nós uma autorreflexão, pois isso prejudica a todos.
O conservadorismo reforça esses padrões de gênero, cria cidadãos limitados e agressivos, e pior ainda: o conservadorismo mata.
A homofobia estrutural não é a mesma homofobia de grupos de extermínio que assassinam membros da comunidade LGBTQI+ frequentemente no país, mas com certeza tem proximidade.
E enquanto esse tipo de cultura for validado e aceito como inofensivo, mais atrasado será o avanço da sociedade para se tornar não violenta e inclusiva.
Há quem participe de uma interação sexual com alguém do mesmo gênero uma única vez por curiosidade e confirme sua heterossexualidade? Sim.
Mas há também quem sabe desde sempre sua preferência sexual, mesmo que nem sempre tenha podido expressá-la, quem sempre ficou na dúvida e acabe descobrindo tardiamente.
Temos exemplos para estes dois casos: São aquelas pessoas que tiveram um casamento heterossexual e um dia aparecem em um relacionamento com alguém do mesmo gênero; são aquelas pessoas que nunca apareceram com ninguém e sempre afirmaram serem solteiras e um dia alguém descobre que estão num relacionamento com alguém do mesmo gênero há muito tempo.
Mas há também aqueles que sempre tiveram certeza sobre sua heterossexualidade e um episódio muda todas as suas certezas acerca de si mesmos.
Talvez um episódio de broderagem cause toda essa revolução para o cara que sempre teve tanta certeza sobre ser heterossexual? Talvez.
Mas infelizmente muitos homens passam anos criando definições inexistentes para sua homossexualidade ou bissexualidade, artifícios para que eles possam expressar seus desejos com respaldo social, sem de fato encarar a realidade sobre eles mesmos.
Agora é se dar um tempo para assimilar essa nova certeza sobre si mesmo.
Não se force a se assumir se não se sentir preparado, faça apenas o que se sente confortável.
Se você acha que não é a hora para se assumir, ninguém tem nada a ver com isso.
Se você se descobriu atraído por dois gêneros diferentes e está se perguntando se na verdade não é simplesmente gay, saiba que a bissexualidade existe e você tem o direito de vive-la.
Nossa sociedade normaliza atração por pessoas com aparências físicas diferentes, mas insiste em não reconhecer que as pessoas possam sentir atração por mais de um gênero.
Você não está em cima do muro por se sentir atraído por homens e mulheres, bissexualidade não é confusão ou indecisão, o fato de você ser bissexual não inviabiliza sua forma de se relacionar com as pessoas.
Bissexualidade também não é promiscuidade: não é porque uma pessoa é bissexual que ela necessariamente se relacionará ao mesmo tempo com os dois gêneros, bissexuais são completamente capazes de viver relações monogâmicas e fiéis caso desejem.
Se você, homem, sempre teve vontade de experimentar sexo com outro homem, mas reprimiu seu desejo por medo das consequências sociais de viver isso, talvez seja a hora de pensar se vale a pena limitar suas vivências pela opinião alheia.
Sim, ter experiências sexuais fluidas pode parecer assustador de primeira, mas fazer o que deseja também pode ser extremamente satisfatório.
Existem grupos de apoio e acolhimento para membros da comunidade LGBTQI+, você não precisa passar por esse processo de descobrimento e de se assumir sozinho!
Vale a pena procurar por um grupo caso não se sinta à vontade para conversar com seus amigos e família.
Mas por favor, se liberte! A vida é curta demais para viver pela metade.
Então, gostou do post de hoje sobre broderagem? E se você tiver alguma dúvida, sugestão ou quiser compartilhar sua experiência deixe nos comentários abaixo.
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